Olá, futuros colegas de odontologia! Neste artigo, vamos explorar juntos um guia descomplicado mostrando o passo a passo de forma resumida de como realizar o preparo cavitário classe I para resina composta.
Essa técnica é fundamental na odontologia restauradora e visa tratar lesões de cárie em regiões de cicatrículas e fissuras. Então vamos para o passo a passo:
Sumário de conteúdo
Preparo cavitário Classe I [Passo 1]: Delimitação da Forma de Contorno
Para iniciar o preparo cavitário Classe I para resina composta, é importante aprender a delimitar cuidadosamente a forma de contorno da cavidade.
Precisamos identificar as áreas suscetíveis a cárie, como regiões de cicatrículas e fissuras, e preservar o máxima de estrutura dental.
Quando a espessura for muito reduzida (menor de 1 milimetro), indica-se romper a ponte de esmalte, e/ou cristas (segurança biomecânica) (Mondelli et al., 2006).
Esse passo é crucial para garantir a resistência da restauração.
Preparo cavitário Classe I [Passo 2]: Penetração Inicial
Agora, para o Preparo cavitário Classe I Para Resina Composta, vamos praticar a penetração inicial com a broca adequada, como a 329 ou 245.
Lembre-se de inclinar a broca a um ângulo de 45 graus para criar a penetração inicial.
Se estivermos praticando em manequins, uma dica útil é usar uma broca esférica número ½ ou ¼ para criar uma pequena canaleta antes de usar a broca 329. Isso nos dará maior estabilidade durante o preparo.
Preparo cavitário Classe I [Passo 3]: Extensão da Cavidade
Neste passo, vamos aprender a estender a cavidade de forma conservadora, abrangendo as faces oclusais dos dentes posteriores e outras áreas específicas, como as regiões vestibular e lingual.
É importante preservar a crista marginal, mantendo-a a uma distância de até 2mm ou mais. Ao preparar o dente mésio-distal, devemos envolver as respectivas fossetas e sulcos secundários, priorizando a máxima preservação das cristas marginais.
Preparo cavitário Classe I [Passo 4]: Largura da Cavidade
Agora, vamos aprender a medir a largura da cavidade, que é determinada pela distância entre as pontas das cúspides lingual e vestibular.
Essa medida deve ser aproximadamente ¼ da distância entre os vértices das cúspides. Lembre-se de que a largura da cavidade deve ser igual ou ligeiramente maior que o diâmetro da broca utilizada na penetração inicial.
Preparo cavitário Classe I [Passo 5]: Forma de Resistência e Retenção
A forma de resistência e retenção é uma etapa crucial para garantir o sucesso da restauração. É necessário criar uma parede pulpar côncava e perpendicular ao eixo do dente, com ângulos arredondados para acomodar a resina e evitar espaços vazios.
As paredes proximais (mesial e distal) devem ser posicionadas de forma que sejam circundantes e convergentes em direção à oclusal, tornando o preparo auto retentivo.
Não se esqueça de arredondar as arestas internas para facilitar o acabamento e reter a restauração, evitando seu deslocamento frente às forças mastigatórias, tração por alimentos pegajosos e diferenças do coeficiente de expansão térmica entre o material restaurador e a estrutura dentária.
Preparo de Cavidade Classe I [Passo 6]: Biselamento
O biselamento cavo superficial é uma técnica valiosa para diminuir a infiltração marginal, melhorar a estética e a durabilidade da restauração. O ideal é utilizar brocas ponta de lápis afiladas, como as brocas 3118, 2200, 3203, 1111, para realizar o biselamento em um ângulo de 45 graus.
Preparo de Cavidade Classe I [Passo 7]: Profundidade e Acabamento
A profundidade da cavidade deve ser maior que a largura, criando cavidades auto retentivas. É necessário fazer a abertura V-L na região do istmo com ¼ da distância intercuspídea.
Para finalizar, o acabamento inicial pode ser realizado com uma broca multilaminada ou diamantada extra fina para garantir lisura e um resultado esteticamente agradável.
Conclusão
Espero que esse guia passo a passo tenha sido útil para você, estudante de odontologia, entender a importância e a técnica do preparo de cavidade de Classe I simples para resina composta.
Lembre-se de sempre aprimorar suas habilidades para se tornar um profissional de odontologia restauradora excepcional.
Referências:
Mondelli, J. et al. Fundamentos de Dentística Operatória. São Paulo: Ed. Santos/1a. Edição, 2006. 360p